A última olimpíada do milênio bateu os recordes de números: atletas, jornalistas, medalhas, provas, etc. Foram também os jogos ecológicos, pois os organizadores tiveram grande preocupação com o meio ambiente. A Baía de Homebush que era um esgoto em céu aberto foi transformada em um parque natural sustentável. A Vila Olímpica foi abastecida com energia solar. Sydney testemunhou na cerimônia de abertura uma cena inesquecível: pela primeira vez as duas Coreias estavam unidas em uma só bandeira e também os atletas do Timor Leste desfilaram sem a bandeira da Indonésia.
Brasil: Foram 16 dias de frustrações e nenhuma medalha de ouro na conta, assim o Brasil fez sua segunda melhor campanha olímpica com 12 medalhas, mas não tivemos medalha de ouro, o que não acontecia desde os Jogos de Montreal em 1976. Ficamos na 52ª colocação no quadro de medalhas. O vôlei de praia trouxe três medalhas: prata para Shelda e Adriana Behar no feminino e para Ricardo e Zé Marco no masculino e bronze para Sandra Pires e Adriana. O judô e a vela trouxeram duas medalhas cada. No judô, duas pratas com gosto de ouro: a primeira para Tiago Camilo nos leves e a segunda com Carlos Honorato nos médios. Na vela, Robert Scheidt levou a prata na classe Laser em prova acirrada e Torben Grael levou bronze na Star ao lado de Marcelo Ferreira. Torben conquistava sua quarta medalha se igualando ao nadador Gustavo Borges que com a equipe de revezamento 4 x 100 trouxe a medalha de bronze na natação. O hipismo por equipes trouxe o bronze, mas a cena mais emblemática da campanha brasileira aconteceu no último dia com Rodrigo Pessoa que viu o ouro escapar de suas mãos depois de três refugos. O atletismo trouxe a medalha de prata no revezamento 4 x 100. Mas essa prata deveria se transformar em ouro, pois um atleta norte americano confessou ter se dopado. Até os dias de hoje o COI não decidiu se cassa o ouro dos americanos. Nos esportes coletivos, as seleções de vôlei e basquete feminino conquistaram medalha de bronze.
A grande decepção foi mais uma vez o futebol. Mesmo com jogadores como Ronaldinho Gaúcho, o Brasil caiu diante de Camarões que jogou com dois a menos. A derrota derrubou Vanderlei Luxemburgo do comando da seleção.
Destaques: Ian Thorpe (Austrália) e Pieter van den Hoogenband (Holanda). Os dois nadadores roubaram a cena na piscina de Sydney. O australiano, conhecido como Torpedo levou três medalhas de ouro nos 400 m, 4 x 100 e 4 x 200 m livres e o segundo venceu os 200 m livre.
Eric Mousambami (Guiné Equatorial). O atleta caiu n'água sozinho e demorou quase dois minutos para percorrer os 100 metros quase se afogando no final. No seu país não existia uma piscina olímpica.
PAÍS | OURO | PRATA | BRONZE | ||
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1º | ESTADOS UNIDOS | 40 | 24 | 33 | 97 |
2º | RÚSSIA | 32 | 28 | 28 | 88 |
3º | CHINA | 28 | 16 | 15 | 59 |
4º | AUSTRÁLIA | 16 | 25 | 17 | 58 |
5º | ALEMANHA | 13 | 17 | 26 | 56 |
6º | FRANÇA | 13 | 14 | 11 | 38 |
7º | ITÁLIA | 13 | 8 | 13 | 34 |
8º | HOLANDA | 12 | 9 | 4 | 25 |
9º | CUBA | 11 | 11 | 7 | 29 |
52º | BRASIL | 0 | 6 | 6 | 12 |
Na terça feira o penúltimo capítulo, Atenas 2004 a primeira Olimpíada do novo milênio.
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