O mundo estava em grande agito, pois 1968 foi um ano cheio de manifestações estudantis e revoluções como a Revolução cultural na China, a Primavera de Praga, na antiga Tchecoslováquia, as agitações estudantis em Paris, nos Estados Unidos foram assassinados Martin Luther King e Robert Kennedy. No Brasil, o país mergulhava no período mais sombrio com a entrada em vigor do AI - 5. Os Jogos do México foram marcados pelo número de recordes quebrados: 68 recordes mundiais e 301 olímpicos foram quebrados. Foi também na olimpíada mexicana que foi registrado pela primeira vez um caso de doping: o sueco Liljenvall, do pentatlo moderno foi eliminado por uso excessivo de álcool.
Brasil: Três medalhas, o melhor desempenho olímpico da década foi o que o Brasil obteve na América Latina. O salto triplo trouxe medalha novamente. Depois de Adhemar Ferreira da Silva, Nélson Prudêncio manteve a linhagem na modalidade ao conquistar a medalha de prata. Ele liderava a competição com 17,27, mas no fim o russo Viktor Saneyev saltou 17,39 tirando a medalha de ouro dele. O país trouxe duas medalhas de bronze. A vela marcava presença pela primeira vez com o bronze de Reinaldo Conrad com seu parceiro Burkhard Cordes na classe Flying Dutchmann e no boxe, nossa única medalha na história olímpica, conquistada por Servílio de Oliveira na categoria dos meio médios. Estivemos perto de obter mais duas medalhas de bronze no basquete masculino e na natação com José Sílvio Fiolo nos 100 m peito.
Destaques: Tommie Smith e John Carlos (EUA). Os dois atletas que ficaram com as medalhas de ouro e bronze respectivamente saudaram o público com o punho fechado com luvas negras.
Bob Beamon (EUA): Ele realizou o maior salto da história olímpica cravando incríveis 8,90 m. O recorde mundial durou quase um quarto de século e foi quebrado em 1991 pelo americano Mike Powell.
Al Oerter (EUA): O atleta norte americano se tornou tetracampeão olímpico consecutivo no lançamento de disco.
George Foreman: O lutador americano ganhou a medalha de ouro nos pesos pesados, anos mais tarde seria campeão mundial de boxe por duas vezes, a última em 1994 depois de ficar dez anos longe dos ringues.
PAÍS | OURO | PRATA | BRONZE | ||
---|---|---|---|---|---|
1º | ESTADOS UNIDOS | 45 | 28 | 34 | 107 |
2º | UNIÃO SOVIÉTICA | 29 | 32 | 30 | 91 |
3º | JAPÃO | 11 | 7 | 7 | 25 |
4º | HUNGRIA | 10 | 10 | 12 | 32 |
5º | ALEMANHA ORIENTAL | 9 | 9 | 7 | 25 |
6º | FRANÇA | 7 | 3 | 5 | 15 |
7º | TCHECOSLOVÁQUIA | 7 | 2 | 4 | 13 |
8º | ALEMANHA OCIDENTAL | 5 | 11 | 10 | 26 |
9º | AUSTRÁLIA | 5 | 7 | 5 | 17 |
35º | BRASIL | 0 | 1 | 2 | 3 |
A série prossegue na terça que vem com a história dos jogos olímpicos de 1972 em Munique, a olimpíada do terror.
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