Eles esperaram mais de cinquenta anos para sediar os jogos. Em 1906 a erupção do vulcão Vesúvio levou à abdicação do direito. Somente em 1960 os romanos tiveram o direito de sediar. E para isso promoveram o evento através de seus principais pontos turísticos. As competições de ginástica foram nas famosas Termas de Caracalla, a Basílica de Constantino foi sede da luta livre, o Arco do Constantino foi o ponto de chegada da maratona. Esses locais foram para homenagear os jogos olímpicos da Antiguidade até a proibição pelo imperador Teodósio em 393. Apesar de optar pelo clássico, o moderno também deu as caras em Roma. Um novo aeroporto foi construído para receber os atletas. Pela primeira vez as Olimpíadas foram transmitidas pela televisão para o mundo. Na Europa, 100 canais mostraram o evento ao vivo. A rede americana ABC comprou os direitos de transmissão para os Estados Unidos.
Brasil: Com a decadência do grande Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico que não passou das eliminatórias do salto triplo, o Brasil trouxe da Itália apenas duas medalhas de bronze, a segunda do basquete masculino que um ano antes havia sido campeão mundial. Os brasileiros fizeram uma bela campanha com seis vitórias e duas derrotas para a União Soviética e Estados Unidos que ficaram com o ouro. A outra medalha de bronze veio com o nadador Manuel dos Santos nos 100 m livres. Ele liderava a prova, mas na parte final acabou sendo superado pelos rivais e ficou com o bronze.
Destaques: Wilma Rudolph (EUA). Ela sofreu durante a infância de várias doenças, entre elas a poliomielite, mas venceu a doença se tornando a mulher mais rápida ao vencer três provas: 100 e 200 m rasos e revezamento 4 x 100.
Cassius Clay (EUA): Ele se tornaria logo depois Muhhammad Ali, o maior boxeador de todos os tempos. Em Roma, Cassius Clay conquistou a medalha de ouro nos meio pesados, logo depois se tornou profissional e quatro anos mais tarde já era campeão mundial.
Abebe Bikila (Etiópia): O mundo se assombrou com aquele corredor vindo de um país pobre correndo com os pés descalços vencendo a maratona pela primeira vez. Era a primeira medalha de ouro de um negro africano na história dos jogos olímpicos depois de uma brilhante arrancada nos metros finais.
PAÍS | OURO | PRATA | BRONZE | ||
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1º | UNIÃO SOVIÉTICA | 43 | 29 | 31 | 103 |
2º | ESTADOS UNIDOS | 34 | 21 | 16 | 71 |
3º | ITÁLIA | 13 | 10 | 13 | 36 |
4º | ALEMANHA | 12 | 19 | 11 | 42 |
5º | AUSTRÁLIA | 8 | 8 | 6 | 22 |
6º | TURQUIA | 7 | 2 | 0 | 9 |
7º | HUNGRIA | 6 | 8 | 7 | 21 |
8º | JAPÃO | 4 | 7 | 7 | 18 |
9º | POLÔNIA | 4 | 6 | 11 | 21 |
39º | BRASIL | 0 | 0 | 2 | 2 |
A série sobre a historia das olimpíadas prossegue na terça com os jogos olímpicos de Tóquio em 1964.
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